quinta-feira, 17 de abril de 2008

Recife: turismo de dar água na boca

Eduardo Farias

Há quem diga que a cidade de Recife-PE está conquistando turistas assim como as mulheres conquistam os homens – ou ao menos, deveriam. Pela barriga! O terceiro pólo gastronômico do Brasil tornou-se ainda mais atraente com seus restaurantes espalhados pela cidade. A culinária oferecida vai da buchada, dobradinha e mão-de-vaca aos pratos internacionais mais sofisticados.

A sofisticação e a variedade na alimentação pernambucana é o fator que faz de Recife o maior pólo gastronômico do Norte e Nordeste. No Brasil está atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. “Sempre que vou a Recife não deixo de ir a bons restaurantes. O melhor de tudo é que minha mulher e minhas filhas adoram. Esquecem até que estão de regime”, brinca o contador Mário Vargas, que afirma ir à cidade uma vez ao ano para visitar a mãe.

A proprietária de um bar no bairro de Candeias, Aline Ballerini, explica que houve uma espécie de “boom” na gastronomia pernambucana já há algum tempo: “Uns dez anos atrás começaram a concentrar bons bares e restaurantes em certos lugares. Me lembro que o primeiro foi o Pólo Pina. Hoje, a bola da vez é o Pólo Capitão Rebelinho, em Boa Viagem. Lá tem uma ótima variedade de pratos”. O Pólo Capitão Rebelinho atualmente concentra 22 restaurantes, segundo Aline.

Com o crescimento do número de turistas e, conseqüentemente, do número de estabelecimentos, muitas pessoas estão sendo beneficiadas. Lucas Albuquerque trabalha como garçom há três meses e afirma ter sido “agraciado” com o crescimento. “A situação do Brasil está difícil, mas consegui este emprego porque o ramo ainda está em expansão”.

Segundo dados do setor, os bares e restaurantes são responsáveis por 8% dos empregos diretos no Brasil. São quase seis milhões de empregados. Só na Região Metropolitana do Recife, há 1,7 mil estabelecimentos, com cerca de 170 mil funcionários.


De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Pernambuco (Abrasel-PE), o crescimento anual do setor está em torno de 13%, faturando o equivalente a 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), do Brasil.

Pratos típicos do nordeste

Carne de sol
É a carne salgada e seca ao sol. Conserva-se por bastante tempo e pode ser muito importante nas longas viagens através do sertão para a fuga da seca. Quando cozida, desfiada e frita com temperos e pilada com farinha de mandioca ou de milho, dura ainda mais, e é chamada de paçoca.

Xinxim de galinha
É um prato de influência africana, com a galinha em pedaços, bem temperada, cozida num molho de amendoim, castanha de caju, camarão seco, gengibre, tudo moído, mas com gosto delicado.

Frigideira
É uma fritada, geralmente de peixes e frutos do mar, com massa de ovos batidos e leite de coco, cozida em panela de barro ou de metal.

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