quinta-feira, 27 de março de 2008

Capital Catarinense do Turismo

Eduardo Farias

A cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, encanta turistas tanto brasileiros como estrangeiros. O encanto vai além das praias paradisíacas e dos atrativos turísticos modernos e inovadores. A segurança e o forte comércio, atuante todos os dias do ano, também são pontos a serem levados em consideração. A “Maravilha do Atlântico Sul” se tornou um dos principais destinos turísticos do Brasil e do Mercosul.

Bares e restaurantes com música ao vivo e excelentes cardápios são bem distribuídos pela orla, deixando o ambiente ainda mais agradável.”É muito bom você poder desfrutar de um lugar como este. Eu e minha mulher geralmente almoçamos um pouco tarde para ver o sol se pôr enquanto comemos em algum restaurante na orla (da Praia Central)”, diz o paulista Marco Aurélio, que já morou em Buenos Aires, e que afirma que os argentinos adoram o lugar.

A cidade é conhecida como a Capital Catarinense do Turismo e localiza-se no Litoral Norte do estado. Segundo o estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Balneário Camboriú ocupa o 6° lugar entre as cidades mais visitadas no Brasil por estrangeiros quando a motivação é lazer. Na pesquisa, a cidade aparece à frente de pontos turísticos como Fortaleza (CE), Natal (RN) e Armação de Búzios (RJ).

O estudante de turismo da Universidade do Vale do Itajaí, campus Balneário Camboriú, Thiago Saldanha, de 19 anos, afirma que a maioria dos estrangeiros é da América do Sul. “O que mais se vê por aqui são argentinos, chilenos, paraguaios e uruguaios. Os chilenos e uruguaios até que são calmos, mas já os outros...”, critica o estudante com um sorriso estampado no rosto. Entretanto, ele afirma que os turistas sempre serão “bem-vindos” na cidade em que nasceu.

Um levantamento feito pela Secretaria de Turismo e Comércio constatou que cerca de 456,8 mil turistas visitaram a cidade em dezembro de 2007. Houve um aumento de 66.988 turistas em relação ao mesmo período do ano anterior, que totalizou 389,8 mil pessoas.
Dicas ao Turista:

Secturbc
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terça-feira, 25 de março de 2008

Surf traz vida ao litoral norte paulista

Marcos Rocha

Com vida noturna o ano todo, Maresias é considerada um dos points do surf e ecoturismo do Estado de São Paulo. Município de São Sebastião, no litoral norte, a cidade passa por notável crescimento imobiliário devido ao grande número de pessoas que buscam lazer, boas praias e, principalmente descanso da agitação de São Paulo, já que possui uma das melhores infra-estruturas turísticas da região como bares, restaurantes, hotéis, pousadas e casas notunas.

As praias de Maresias, que compreendem ainda Boiçucanga , Camburi e Juquery são sinônimo de sol, mar e beleza. Banhadas pelo frescor do clima subtropical, essas parias recebem um toque quase europeu, sendo muito comparadas à famosa Côte-D'Azur, às margens do Mar Mediterrâneo, na França.

"Aqui nesta época do ano tem um frescor no ar típico, muitos dizem que o cheiro é das lavandas campestres que se misturam com a maresia, por isso lembra-se da Rivière francesa" — explica o surfista e administrador de empresas, João Nicolas. Ressalta, "já surfei em muitos lugares pelo mundo, mas Maresias é um dos meus favoritos".

As praias são destaque entre surfistas por obterem melhores condições para o esporte. "Pico do surf paulista", como é conhecida entre eles, a cidade conta com torneios anuais de surf, dentre eles o Sebastianense de Surf em Maresias e o Okdok Paulista de Surf, que reúnem competidores de todo o Brasil e exterior. Estes torneios são divididos geralmente em três fases, cada uma com premiações superiores a R$ 4 mil. "Além do prémio, os finalistas ganham muito prestígio em todo o país, isso ajuda na hora de conseguir o um patrocinador para as disputas nos Estados Unidos e Europa" — relata o surfista Manuel Prado.

Para chegar à Maresias a partir de São Paulo, o visitante pode pegar a Rodovia Airton Senna. Logo após o primeiro pedágio, acessar a entrada para Mogi das Cruzes. Depois é necessário seguir as indicações para São Sebastião, até chegar em Maresias. A outra opção é tomar um ônibus no Terminal do Tietê, a empresa Litorânea Transportes Coletivos faz itinerários diários.


Veja mais:

Acesse mapa de Maresias pelo Google Earth:

Maresias no Google Earth

O site Oficial da Federação Paulista de Surf

Hotéis:

VTN Hospedagens Maresias

Vídeos:

Filme 1

Filme 2 - Surf em Maresias

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domingo, 23 de março de 2008

Parque da Catacumba: Trilha Ecológica na Zona Sul do Rio

Ramon Mello

Você está a procura de caminhadas ecológicas na cidade do Rio? Então fique atento, em volta da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio, há um espaço especial para trilhas: o Parque da Catacumba.

A trilha de acesso ao mirante é fácil e leva cerca de 20 minutos até o pico de Sacopã, que está a 134 metros acima do nível do mar.

No trajeto é possível notar os resquícios da antiga ocupação de uma favela. O morro já foi ocupado pela ‘Favela da Catacumba’, que cresceu bastante com a chegada de imigrantes do Maranhão nos anos 40. Mas foi desocupada na década de 70, durante o Governo Carlos Lacerda.

Quem freqüenta o local garante que o programa é imperdível. Do alto do morro há uma vista de 360º incluindo Ipanema, Leblon, Jardim Botânico, as ilhas oceânicas e o Maciço da Tijuca, o Dois Irmãos, a Pedra da Gávea, o Corcovado e, é claro, a Lagoa Rodrigo de Freitas.‘Descobri o ‘Parque há uns três anos, desde então venho religiosamente uma vez por mês, com minha namorada. A vista é uma das bonitas do Rio de Janeiro, só perde para o Corcovado’ , afirma o professor de educação física Ronaldo Macedo, que mora no Humaitá.Então, o que está esperando para se programar?
Localização:

O parque da Catacumba está situado na Avenida Epitácio Pessoa, nº 3000, na Lagoa. Fica na altura do parque Tom Jobim (na Lagoa), ou seja, antes da Curva do Calombo e bem em frente ao posto BR.

Horário:

O horário é de 9h às 17h, de terça-feira a domingo.

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sexta-feira, 21 de março de 2008

100 anos de Japão em S. Paulo

Marcos Rocha

Há 36500 dias atrás, japoneses com o sonho de construir suas vidas em um novo país migraram para o Brasil. Em sua grande maioria camponeses, foram trabalhar nas lavouras de café do Estado de São Paulo. No ano do centenário dessa partida, núcleos de associações culturais japonesas e, principalmente a comunidade oriental do bairro da Liberdade, região central da capital do estado, preparam uma grande comemoração.

O Museu Histórico da Imigração Japonesa, localizado no mesmo bairro é um passeio obrigatório para entender um pouco mais sobre todos esses anos de jornada.

"Temos os nossos antepassados, bisavós, avós e até pais que vieram para o Brasil sonhando com uma vida melhor"— salienta a curadora do local, Suzana Sakai.

Tudo na Liberdade lembra um pouco o Japão, não apenas os postes ornamentados, como também as diversas pâtisseries e pequenos mercados. O turista ainda conta boa hospitalidade dos moradores.

"Esse lugar é nosso registro cultural de nosso povo, deve ser cuidado com muita dedicação e honrado" — relata o lojista José Yako.


As atividades no bairro ocorrem desde janeiro, com diversas palestras, exposições e encontros ao redor das ruas do bairro japonês de São Paulo. Mas será a partir de 28 de abril, data simbólica da vinda do primeiro navio do Japão para o Brasil, que começarão os mais importantes eventos, como gincanas e apresentações de cantores japoneses e comidas típicas, como já ocorre tradicionalmente nas manhãs de domingo nas ruas do bairro.

O centenário também será comemorado no Japão em várias cidades, mas será em Kobi, cidade japonesa localizada na província de Hyogo, onde acontecerá a maior festa. Tudo em função do seu valor histórico, como relata a estudante de marketing, Madelene Toshiwa, "Kobe foi o ponto de partida, foi de onde saiu o navio Kasato Maru, que levou as primeiras famílias até o porto de Santos". Emocionada, ela pontua, "minha avó veio num desses navios, por isso vou sair às ruas da Liberdade para comemorar".

O site do bairro da Liberdade é uma excelente opção para buscar informações mais detalhadas sobre a história local, além de uma lista completa de restaurantes típicos.

Veja mais:

- Filme 2

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quinta-feira, 20 de março de 2008

Aventuras na Cidade Imperial


Eduardo Farias

Petrópolis, um dos mais expressivos destinos turísticos do Estado do Rio de Janeiro, está deixando de ser conhecida só por ter sido o reduto de artistas, intelectuais e nobres. Atualmente vem ganhando notoriedade no campo dos esportes radicais. A bela Cidade Imperial que, encantou em outros tempos, Santos Dumont, Rui Barbosa, Barão do Rio Branco e muitos outros, hoje seduz moradores e turistas de espírito aventureiro devido às práticas esportivas como: trekking, arvorismo, rapel e muito mais.

Natália Terra, 21anos, nascida em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, se mudou para Petrópolis quando tinha 5 anos e afirma que hoje não se imagina morando em outro lugar. Criada em uma casa com um vasto quintal, quando pequena acampava com as amigas debaixo de uma enorme mangueira e sempre que possível acompanhava os pais nas trilhas dos fins de semana. “Sempre adorei caminhadas em trilhas. Aqui em Petrópolis é bom porque têm muitas para fazer. Eu, particularmente, gosto da trilha do Morro Açu”, diz a estudante de marketing.

O Morro Açu é uma das áreas mais freqüentadas por trekkers (pessoas que caminham em trilhas) no Rio de Janeiro. A trilha leva em média seis horas para ser realizada e a altitude atingida durante a caminhada é de 2.180 metros. A caminhada é considerada “pesada”, com um desnível de 1.300 metros, o que exige um bom preparo do aventureiro. O acesso à trilha é feito no Vale do Bonfim, em Corrêas.

Embora o namorado de Natália, Telmo Mendonça, 24 anos, goste de acompanhá-la nas trilhas, ele afirma que prefere mesmo se aventurar praticando o arvorismo. “Gosto porque tem diferentes níveis de dificuldade e me passa um sentimento de superação, autocontrole e autoconfiança”, alega o jovem aventureiro.

O arvorismo móvel conta com seis atividades. O participante sobre pó, uma escada de corda a uma altura de 8 metros, tem que atravessar uma falsa baiana (travessia de uma corda segurando-se a uma outra afixada na altura da cabeça), há os laços alinhados (pisando em uma seqüência de corda sem alça), segurando em estribos pendurados e por último o participante atravessa um vão passando por dentro de tambores suspensos antes de descer de Rapel ou tirolesa.

Para quem deseja se aventurar na cidade pode pesquisar em sites como:

Guia de Petrópolis

Páginas Terra

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quarta-feira, 19 de março de 2008

Luta Livre: Anteo X Hércules

Wellington Corrêa Pinto

Gosta de luta greco-romana? Então, fique atento, e aprenda um pouco sobre a história dessa luta.

Posseidon o Deus dos mares e irmão de Zeus projetava como o seu irmão a sua masculinidade sobre as mulheres tendo muitos filhos. Dentre seus casos onipotentes e fúteis nasceu Anteo que travou uma luta contra Hercules o semi-deus filho de Zeus, luta essa chamada de greco-romana que ganhou uma nova versão em 1904 em Saint-Loius nos Estados Unidos, sendo chamada de Luta Livre, elas são travados por três rounds de três minutos cada, os pontos são ganhos de acordo com cada golpe dado ao lutador adversário em um tatame de 12 metros de largura por 12 de comprimento.


Na luta greco-romana só pode golpear da cintura para cima, já na luta livre os golpes podem ser dados acima e abaixo da cintura, só o que deve ser evitado são golpes considerados baixos e aquele que cair fora da área de combate será acusado de comportamento passivo.

Rômulo da Costa de 25anos é professor de Luta Livre, porém não precisou lutar com nenhum semi-deus da mitologia mais compete contra vários adversários adeptos do mesmo esporte ao qual ele escolheu treinar. “Esse é um dos esportes que eu mais gosto e mais tenho prazer em ensinar aos meus alunos, já que faz parte de uma tradição do wresting amador nos Jogos Olímpicos” diz Rõmulo.

Sem um histórico a participação do Brasil em competições em Jogos Mundiais é muito limitada, a nossa primeira participação foi em 1988 e o ultimo participante foi o atleta Antoine Jaonde nos Jogos Pan-americanos do Rio Janeiro onde mostrou uma participação expressiva. Atualmente há 142 países filiados na Federação Internacional de Luta Atlética.


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segunda-feira, 17 de março de 2008

Fernando de Noronha: A Viagem dos Sonhos

Ramon Mello

Você tem o sonho de viajar para curtir sol, sombra e água fresca? A ilha Fernando de Noronha pode ser uma opção bem interessante se você tiver a fim de praticar surf, caminhadas ecológicas ou, ainda, um mergulho inesquecível.

Sabe onde fica? À cerca de 500 quilômetros de Recife, em Pernambuco. Mas fique atento, pois só há duas linhas aéreas que fazem o percurso para Noronha, Varig / Nordeste e Trip Linhas Aéreas. Dependendo da época do ano as passagens caem para a metade do preço.

O clima da ilha é tropical, as chuvas só ocorrem no período de março a agosto. A temperatura média é de 28º e o fuso horário é de uma hora a mais em relação à hora de Brasília.

A estudante de biologia Fernanda Meireles, sempre sonhou em fazer caminhadas ecológicas no local e conhecer o Projeto Tamar, que está instalado na praia do Leão. ‘É o lugar mais lindo do planeta! Sempre quis ir pra lá, uma pena que não fui acompanhada. (RISOS) Vou morar um tempo em Noronha, já me acostumei com o tempo da ilha, é tudo muito diferente’, afirma Fernanda.

Lembre-se de levar roupas leves, protetores solares, filmes, barracas de sol, sandálias ou tênis para caminhadas, colírios, e, se puder, coloque garrafinhas de água na bagagem. O transporte precário de mercadorias do continente para a ilha aumenta consideravelmente o valor dos produtos. É importante também levar cartão de crédito, pois só há um banco na ilha.

Para hospedagem, por exemplo, fique atento às pousadas que fiquem próximas às praias. A Vila dos Remédios é uma alternativa boa para quem procura comodidade e lugares com preço mais em conta. Outra dica é sempre que for à praia levar a máscara e respirador, pois pode surgir um mergulho rápido e assim você economiza dinheiro com o aluguel com este material de mergulho.

‘Noronha é um lugar especial para surfistas. Vale a pena economizar uma grana para conhecer a versão brasileira do Havaí.’, compara o surfista Evandro Melo, que há cinco anos freqüenta a praia do Boldró.

As atividades locais funcionam basicamente durante o dia. Então, acorde cedo, tome um bom café da manhã na pousada e alugue um bugre e um guia para conhecer a ilha – as diárias do carro variam entre 100 e 150 reais.

À noite você poderá dançar um forró com os nativos (que são muito receptivos!) e turistas no Bar do Cachorro ou no Bar do Mirante do Boldró. E não esquece de olhar o céu estrelado!

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Vichy é sinônimo de saúde, beleza e cultura

Marcos Rocha


Localizada na região de Auvergne, parte central da França, a Ville de Vichy, como é conhecida pelos habitantes locais, conta com uma população de 78 mil pessoas distribuídas em um raio de 60 km. A cidade foi capital da França no período da invasão alemã, na Segunda Guerra Mundial, mas ficou famosa em todo mundo por sua água rica em sais minerais, que têm propriedades curativas e benéficas à saúde. O turista que resolver se aventurar por lá, encontrará não só uma chance de relaxar, como também uma completa infra-estrutura composta de teatros, cinemas e cafés, que recebem todos os dias centenas de pessoas.


Os centros termais de Vichy são inúmeros: há dezenas de spas e Maisons de Bain espalhados pela cidade. As abluções, banhos terapêuticos, são os mais procurados, chegando a haver lista de espera. Para quem vem à cidade e quer aproveitar ao máximo, o ideal é marcar um dia em um spa, porque dessa forma é possível desfrutar, além do tradicional banho, de massagens, piscinas de água termal, saunas, jacuzzi, entre outros caprichos. Além disso, ao agendar um número maior de serviços, o valor fica mais atrativo.

O turista também pode visitar os museus e centros culturais, como Le Musée des Arts d'Afrique et d'Asie, com um vasto acervo de cultura africana e asiática. Pode ainda, por menos de 10€, ver exposições contemporâneas francesas. Outro grande atrativo de Vichy, é a Ópera da cidade, sempre em cartaz para quem aprecia música clássica. “Em Vichy e campagnes próximas, as pessoas sempre se encontram na Ópera, na maioria das vezes” — relata a aluna francesa de intercâmbio Maristela Treison.

Outro interessante local para visitar e praticar esportes é o Parque Pierre-Coulon, com 120 hectares arborizados, sete campos de futebol e um moderno campo de atletismo com uma pista de corrida de 400 metros de comprimento. Isso sem contar uma enorme arena para prática dos demais esportes, tais como vôlei, basquete e hand ball. Do Aeroporto Internacional do Rio, o Galeão, há dois vôos diários (dependendo da companhia) para Paris, o interessado tem de fazer depois uma conexão para o Aeroporto Clermont-Ferrand, em Vichy. “Chegando aos Charles de Gaulle, as pessoas também têm a opção de irem de trem. De TGV, dá pra chegar lá em menos de duas horas ” — ressalta a agente de viagem, Amanda Sousa.

Veja também:

Air France

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terça-feira, 11 de março de 2008

Bodyboard: quanto mais radical melhor

Por Eduardo Farias

Praticar o bodyboard para muitos vai além da simples diversão. Tornou-se um desafio, cujo objetivo é radicalizar quando o assunto é o “pico” escolhido para “cair”. “Quanto mais perigoso, melhor!”, afirmam os bodyboarders mais radicais. Entretanto, os lugares são escolhidos não só pela qualidade da onda ou perigo que apresenta (normalmente bancadas rasas de pedras), mas também porque não costumam ficar cheios de praticantes ou banhistas, comuns em locais de fácil acesso.

O “bodyboarder de alma”, como se autoclassifica Daniel Silva de 31 anos, 15 só de bodyboard, diz que seu pico preferido é o Shorebreak, no posto 06 de Copacabana. O point é famoso devido ao fundo de pedra (aproximadamente com 1 metro de profundidade), que resulta numa direita tubular. “Me amarro no Shore não porque costuma ficar vazio, mas porque gosto de sentir a adrenalina ao entubar vendo aquele fundo marrom e saber que não posso errar nenhuma manobra”, diz o publicitário Daniel, que afirma ter caído em quase todos os picos do litoral brasileiro.

Bruno Pizzol, de 23 anos, nascido em Florianópolis e estudante de administração, se acostumou a cair em lugares perigosos porque fugia do famoso “crowd” (pico com muita gente). “A solução que encontrei foi surfar com meus amigos em lugares menos freqüentados” afirma Bruno, campeão catarinense de bodyboard aos 17 anos. “A primeira vez que me chamaram para cair no “secret do Joá” pensei que estivessem me zuando, mas acabei topando e caio lá até hoje”, diz o catarinense se referindo ao point situado embaixo do Elevado das Bandeiras (ponte que liga São Conrado a Barra da Tijuca).

Para o estudante Raphael Vidal, de apenas 17 anos, o lugar que gosta de pegar onda é a “laje do posto 8 de Ipanema”. Point onde costuma ter ondas quando as da arrebentação estão acima de um metro com o vento terral (chamado de swell) e uma ondulação de leste. A combinação, em harmonia com o fundo de pedra, permite uma onda tubular que pode ser dropada tanto para a esquerda como para a direita. “Curto muito cair lá porque rola altas ondas e a maioria dos meus amigos tem medo por causa das pedras e da distância que fica da arrebentação” (cerca de 250 metros), explica o corajoso Raphael, que sonha em pegar onda em Pipeline (Havaí).

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